Telemedicina: o que é e como funciona

Da consulta on-line à cirurgia remota, a telemedicina vem revolucionando o modo como cuidamos da saúde. Essa prática é regulamentada no Brasil desde 2002, mas só foi impulsionada recentemente, em função da pandemia de Covid-19. Continue conosco para saber mais e entender como funciona esse tipo de atendimento.

O que é telemedicina?

A telemedicina consiste no exercício da medicina a distância. Com ela, paciente e profissional da saúde podem se comunicar a partir de uma plataforma digital. Embora o recurso não permita exames físicos, é possível utilizá-lo para fins de assistência e prevenção de doenças. 

Áreas de atuação da telemedicina

Existem diversos segmentos nos quais a telemedicina está presente. Algumas dessas frentes incluem:

• Teleassistência: permite o monitoramento do quadro sem que a pessoa saia de casa. Numa situação de emergência, por exemplo, ela pode recorrer ao serviço para receber o primeiro atendimento em poucos minutos.

• Teleconsulta: trata-se de uma consulta médica regular, mas por videochamada. O profissional pergunta sobre sintomas que o paciente manifesta ou remédios que utiliza. Essas informações auxiliam a fazer o diagnóstico. 

• Telelaudo: também chamado de telerradiologia, baseia-se na transmissão de imagens de exames. Assim é possível interpretar o quadro do indivíduo a distância para emissão de um laudo eletrônico.

• Telecirurgia: nesse caso o cirurgião pode estar do outro lado do mundo e controlar um robô, de maneira remota, para realizar o procedimento.

Principais especialidades médicas que atuam na telemedicina

Em tese, qualquer especialista consegue recorrer à telemedicina, pelo menos num primeiro momento. A conversa a distância pode ser suficiente para entender o caso e orientar o paciente.

Exames como o eletrocardiograma e o eletroencefalograma, por exemplo, são feitos sem a presença do médico. Portanto, a pessoa pode ir ao laboratório mais próximo para realizar o procedimento. As imagens serão enviadas ao cardiologista ou ao neurologista, que as interpretará de maneira remota.

A limitação da telemedicina diz respeito aos exames visuais, que exigem a presença física do especialista. É o que acontece, muitas vezes, na dermatologia e na ortopedia, entre outras áreas.

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Como funciona a telemedicina no Brasil?

O Conselho Federal de Medicina aborda o tema na Resolução nº 1.643/2002. 

O texto define normas para o exercício da telemedicina no país. Algumas delas são: garantir a infraestrutura adequada e ter um médico devidamente inscrito no CFM para oferecer o serviço. 

Ainda sobre resoluções, a nº 1.81 de 2007 reforça a segurança dos dados obtidos. Ou seja, é importante que a clínica arquive e mantenha as informações dos pacientes.

Telemedicina durante a pandemia de Covid-19

A Lei Federal nº 13.989/2020 autoriza o uso da telemedicina, em caráter emergencial, durante a crise ocasionada pelo coronavírus. 

A atividade deve seguir os mesmos padrões do atendimento presencial “para fins de assistência, pesquisa, prevenção de doenças e lesões e promoção de saúde”. E é uma ótima opção no período de pandemia, pois reduz o contato entre pessoas e possíveis aglomerações.

Vantagens da telemedicina

Agora vamos destacar alguns benefícios do atendimento médico remoto. Acompanhe:

• Acessibilidade: a teleconsulta encurta as distâncias entre médico e paciente. Mesmo quem mora numa localidade de difícil acesso, ou tem mobilidade reduzida por questões físicas, consegue acesso a um serviço especializado e de qualidade.

• Segurança sanitária: o distanciamento social é uma das melhores estratégias para evitar o contágio pela Covid-19. Com isso, a telemedicina contribui para mais gente ficar em casa.

•  Agilidade: uma plataforma on-line disponibiliza horários com diversos profissionais. Se a agenda de um médico está cheia, o paciente pode encontrar outro especialista no mesmo minuto. Isso reduz o tempo de espera pela consulta. Sem contar que não tem fila para o atendimento nem “chá de cadeira” na antessala do consultório.

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Categorias: Médicos